Sinopse: Após o fim da América do Norte, uma nova nação chamada Panem surge. Formada por doze distritos, é comandada com mão de ferro pela Capital. Uma das formas com que demonstram seu poder sobre o resto do carente país é com Jogos Vorazes, uma competição anual transmitida ao vivo pela televisão, em que um garoto e uma garota de doze a dezoito anos de cada distrito são selecionados e obrigados a lutar até a morte! Para evitar que sua irmã seja a mais nova vítima do programa, Katniss se oferece para participar em seu lugar. Vinda do empobrecido distrito 12, ela sabe como sobreviver em um ambiente hostil. Peeta, um garoto que ajudou sua família no passado, também foi selecionado. Caso vença, terá fama e fortuna. Se perder, morre. Mas para ganhar a competição, será preciso muito mais do que habilidade. Até onde Katniss estará disposta a ir para ser vitoriosa nos Jogos Vorazes?
Resenha: Uma surpresa agradável.
Não mentirei. Fui uma daquelas pessoas que leu o livro antes do livro ser lançando, mas só no calor do momento, enquanto todos diziam que era muito bom. Pois é, comprei o livro - consegui achá-lo - dois dias antes do filme estrear. Qual não foi minha surpresa ao pensar que teria que lê-lo em dois dias? Exato. Deitei-me na minha cama e comecei a ler. O início é super chato. Diversos termos futuristas são apresentados ao leitor e a narrativa torna-se cansativa em certos pontos.
Depois, a história vai se tornando rápida e ágil. O mundo de Panem é apresentado detalhadamente, levando o leitor a viver naquela época, naquele mundo, presenciar aquela mitologia.
Lá para a metade do livro, os jogos vorazes começam e fiquei contente com todas as cenas de ação. Só devo ressaltar que era tudo muito inimaginável e os personagens neste primeiro volume pouco nos agradavam, exceto Katniss e Rue - quem não gosta da relação dessas duas?
Foi uma leitura agradável, mas o final não me deixou tão empolgado. Todavia, lerei os próximos dois, na esparança de que a história melhore. E acredito fielmente nisso. A autora tem tudo nas mãos. Uma protagonista boa, uma história boa, um objetivo espetacular.
Sinopse: Depois do improvável e inusitado resultado dos últimos Jogos Vorazes, algo parece ter mudado para sempre em Panem. Aqui e ali, distúrbios e agitações nos distritos dão sinais de que uma revolta é iminente. Katniss e Peeta, representantes do paupérrimo Distrito 12, não apenas venceram os Jogos, mas ridicularizaram o governo e conseguiram fazer todos - incluindo o próprio Peeta - acreditarem que são um casal apaixonado. A confusão na cabeça de Katniss não é menos do que a das ruas. Em meio ao turbilhão, ela pensa cada vez mais em seu melhor amigo, o jovem caçador Gale, mas é obrigada a fingir que o romance com Peeta é real. Já o governo parece especialmente preocupado com a influência que os dois adolescentes vitoriosos - transformados em verdadeiros ídolos nacionais - podem ter na população. Por isso, existem planos especiais para mantê-los sob controle, mesmo que isso signifique forçá-los a lutar novamente.
Resenha: Absolutamente melhor do que o primeiro. Uma coisa que eu acho engraçado na forma como a Collins escreve é a importância da narrativa. Ela dá muita importância para os diálogos dos personagens, principalmente os que envolvem Peeta e Katniss. Não digo que isso seja uma coisa ruim. Especialmente nesse livro, no qual podemos perceber um certo amadurecimento nos aspectos psicológicos dos protagonistas. Mas sinceramente, a Suzanne deveria realmente fazer umas páginas a mais de livro para detalhar cenas que envolvem ação. Normalmente, tanto em 'Jogos Vorazes' como 'Em Chamas' os eventos acontecem de forma embaraçada e muito complicada de ser compreendida.
Tratando-se da história, achei magnífico a forma como os jogos começaram lá pro último terço do livro. No primeiro livro, os jogos iniciaram-se antes, sendo o foco principal da obra. Nesta sequência, temos bastante da vida nos distritos e de como a fagulha está representando um perigo para os poderes da Capital. Achei o título da obra altamente propícia para a história, em todos os aspectos.
Um dos focos principais da trama que chama muito minha atenção é o triângulo amoroso. Não é em todo livro que isso me ocorre. Quando li Crepúsculo, não podia odiar um personagem mais do que a Bella. Depois fui formando uma opinião sobre ela de que era apenas uma caricatura. Edward, porém, pra mim terminou da mesma forma como começou: um inútil. Diferente da obra de Stephenie Meyer, 'Jogos Vorazes' construiu uma personagem principal e feminina absolutamente magnífica: forte e certamente segura de sua posição como o pilar que sustenta uma família em decadência. Kstniss não é uma garotinha assustada. É uma mulher. Pelo menos no primeiro livro, pois isso foi totalmente descontruído neste segundo, onde ela só pensa EM PROTEGER O PEETA. Sério, isso é incrivelmente chato. Lembra-me muito a impaciência que eu tinha em ler livros de romance pois a personagem feminina normalmente faz de tudo pra ter o amado, subestimando e jogando fora toda a batalha feminina por uma independência emocional. Vou logo adiantando que o PEETA É UM INÚTIL. Simplesmente o personagem mais ridículo e mal feito da série - podem me xingar. Não faz nada em nenhum dos dois, não espero que faça nada no terceiro. Ah, me lembrei, ele faz pão - grande merda. Gale até que combina um pouco com Katniss, já que os dois tem uma história etc. Mas mesmo assim, não considero nenhum dos dois bom partido. Fiquei surpreso, pois a chegada do Finnick me animou bastante. Acho que apesar de ele ser 'apaixonado' pela Annie, ela até daria certo com a Katniss. Mas sei muito bem que coisas assim não acontecem. Jogos Vorazes é um livro comercial que assim como qualquer outro do gênero, deve seguir a linha de raciocínio dos fãs - principalmente das fãs, que inconscientemente só desejam Katniss com Peeta ou Gale, sem sair da zona de conforto. Simples assim.
No mais, achei a obra estimulante e uma boa pedida nas férias.
Sinopse: Depois de sobreviver duas vezes à crueldade de uma arena projetada para destruí-la, Katniss acreditava que não precisaria mais de lutar. Mas as regras do jogo mudaram: com a chegada dos rebeldes do lendário Distrito 13, enfim é possível organizar uma resistência. Começou a revolução. A coragem de Katniss nos jogos fez nascer a esperança em um país disposto a fazer de tudo para se livrar da opressão. E agora, contra a própria vontade, ela precisa assumir seu lugar como símbolo da causa rebelde. Ela precisa virar o Tordo. O sucesso da revolução dependerá de Katniss aceitar ou não essa responsabilidade. Será que vale a pena colocar sua família em risco novamente? Será que as vidas de Peeta e Gale serão os tributos exigidos nessa nova guerra? Acompanhe Katniss até o fim do thriller, numa jornada ao lado mais obscuro da alma humana, em uma luta contra a opressão e a favor da esperança.
Resenha: "Se nós queimarmos, você queimará conosco!"Entendam. Foi difícil fazer esta resenha para mim, pois inevitavelmente, preciso eleger o melhor livro da trilogia. Quando terminei o terceiro e último volume da série, tinha certas convicções sobre qual obra estaria de fora dessa competição.
'Jogos Vorazes', primeiro volume da trilogia foi surpreendente. Era uma história diferente, com alguns clichês óbvios e um grave pecado na má escrita das cenas de ação, mas mesmo assim comoveu e mobilizou os pensamentos mais diversos acerca de problemas dos dias atuais. Um mundo distópico que se provava não muito diferente do nosso.
'Em Chamas', sequência de 'Jogos Vorazes', surpreendeu-me bastante. Achei o livro ágil e a escrita de Suzanne teve uma certa melhora. Mas ela ainda pecou nas cenas de ação, com eventos misturados e complicados. De qualquer forma, devo admitir que esse com certeza foi um dos melhores livros de fantasia que já li.
'A
Esperança', última obra da trilogia, foi um desafio. O início do livro é quase insuportável. Não me julguem mal, mas foi simplesmente horrível ler os dois primeiros capítulos. A autora enrolou MUITO no início, assim como nos outros volumes, mas esse foi o pior. O engraçado é que a partir do capítulo 3, a coisa teve uma aceleração tão grande.
Posso afirmar com toda certeza que os eventos do terceiro livro são mais bem descritos e cuidadosamente trabalhados. 'Jogos Vorazes' encerrou sua saga com maestria, estudando e transparecendo temas importantes, como a alienação, a coisificação e até mesmo o sentimentalismo maquinal.
No núcleo da guerra, fiquei bastante contente. As coisas aconteciam rapidamente, prendiam seu fôlego e cada capítulo acabava com uma sensação de 'quero mais' - talvez esse seja o motivo que me levou a ler o livro em menos de 2 dias.
Agora indo ao núcleo romântico, devo dizer: ESTOU COMPLETAMENTE ABISMADO. Eu raramente consigo gostar de um casal. E desde o início da série, odiei Katniss e Peeta como casal. Ele era inútil e ela fazia tudo. Suzanne Collins simplesmente conquistou-me com sua sacada genial. Ela não podia descontruir um personagem. E Peeta não foi descontrúido. Mas meu deus! Não vou dizer que ele teve uma melhorada na personalidade, mas assim como todos, fiquei altamente inclinado a gostar do casal nas cenas em que Peeta tratava Katniss como um lixo, cada vez que ele se desaproximava mais dela. Os dois tiveram uma química especial que nunca havia rolado nos dois livros anteriores.
Politicamente falando, 'A Esperança' foi o mais evoluído. Mais maduro, com toda certeza. Tratou sobre temas políticos e a humanização em mais da metade da obra. Transcreverei uma coisa que foi dita neste volume que recompensou cada página lida da saga:
"Agora estamos naquele período tranquilo onde todo mundo concorda que os nossos horrores recentes jamais deveriam se repetir. Mas o pensamento em prol do coletivo normalmente possui vida curta. Somos seres volúveis e idiotas com uma péssima capacidade para lembrar das coisas e com uma enorme volúpia pela autodestruição."
Encerrando minha resenha, gostaria de finalmente concluir a disputa de melhor da saga. Depois de eliminar o primeiro livro, fiquei em uma dúvida cruel. Por fim, resolvi eleger como melhor livro, sem sombra de dúvidas, 'A Esperança'. Muitos não gostam, mas eu simplesmente achei maravilhoso e sem sombra de dúvidas o melhor encerramento de uma saga literária que já li até os dias de hoje. Sim, estou levando Harry Potter em consideração também. Por favor, não me apedrejem.
